19/04/2009

Inacreditável!!!!

A cerca de 6 meses a traz conheci um espaço onde por lá podia conversar e conhecer pessoas com algum nível tanto pessoal como cultural e apesar da maioria das pessoas andarem por lá apenas numa de como eu passar o tempo e umas horas de amena "cavaqueira" mas como em tudo e em todo o lado havia sempre aqueles/as que o utilizavam para dar azo as suas frustrações pessoais e sexuais mas isso no final até foi o menos o pior foi que nos últimos tempos por parte da administração do tal espaço começou a bloquear perfis a torto e a direito e na grande maioria tal como o acabaram por fazer a mim porque tomei conhecimento de uma situação no mínimo caricata que foi um utilizador colocou um vídeo que ate já tinha visto num outro utilizador mas de outro país (porque este espaço é internacional) e sem qualquer justificação inicial a referida administração decidiu lhe bloquear o espaço e depois de muitas mensagens enviadas finalmente veio a saber que era por causa do referido vídeo e tendo depois tentado de novo contactar a administração do tal espaço mas sempre sem sucesso então decidiu organizar um protesto, só que desde ai bastantes pessoas que se juntaram a ele tem visto as suas páginas bloqueadas, e a ultima situação que tomei conhecimento ainda é mais grave que foi uma utilizadora que leu num blog de outro utilizador alguns comentários e ideias de apoio a causa Nazi e esta decidiu não só protestar com o referido autor de tais barbaridades como junto da administração do espaço através da moderadora de comentários, e sendo esta utente também ela uma das apoiantes do protesto que falei anteriormente qual não foi o espanto dela de que ao tentar abrir o seu espaço viu que o mesmo foi bloqueado e que o espaço do referido autor das palavras de apoio a causa Nazi continuava aberto ou seja para estes Senhores é mais grave uma pessoa ser seguidora de um movimento pacifico contra a politica de funcionamento do referido espaço (em que o protesto é de estarmos 1 dia sem fazer login nesse espaço)do que um "senhor" que defende ideias e ideais que a própria história condenou.
A mim pessoalmente depois de ter colocado a imagem que era a "cara" do movimento de contestação e de ter enviado as pessoas do meu grupo de Amigos mensagens a informar sobre esta situação que se estava a passar e de estas mesmas ter detectado que não foram entregues e depois recebi uma mensagem da administração do espaço através da moderadora de comentários a me informar que tinha sido detectado um vírus na minha conta, ora por norma o meu anti-vírus quando tal acontece dá me logo uma indicação e tal não aconteceu mas eu por descargo de consciência decidi fazer uma verificação que me informou do que eu já sabia que nenhum vírus foi encontrado ou seja tal mensagem foi um aviso para "não levantar ondas" e eu decidi resolver logo o problema pela raiz fechei a minha conta sem antes apresentar o meu protesto pela falta de liberdade de expressão no referido espaço.
É triste vermos estas novas formas de censura encapuçadas pela chamada Democracia que é se fizeres as coisas como nos mandamos ou gostamos esta tudo bem se protestares por algo ou "levantares ondas" arranjam maneiras de "democraticamente" de silenciarem e aqui na net que podia de ser um veiculo de podermos protestar e de alertarmos para atentados as várias formas de Liberdade também aqui já começa a aparecer as censuras, é triste ainda acontecer isto em pleno Século XXI depois das várias experiências do passado.

Tropfest NY 2008 winner, "Mankind Is No Island" by Jason van Genderen

Vi este vídeo no blog do Pedro Ribeiro da Comercial e tal como na mensagem dele também eu concordo com o titulo que deu "Um murro no Estômago" que penso que este Mundo esta a precisar de levar uns quantos ver se acordamos antes que seja tarde de mais, é urgente mudar as politicas e maneiras de pensar.

07/04/2009

Europa

Um excelente texto da Clara Ferreira Alves sobre a Europa e as suas Mulheres e maneiras de pensar dito Europeu.

Os homens europeus descem sobre Marrocos com a missão de recrutar mulheres. Nas cidades, vilas e aldeias é afixado o convite e as mulheres apresentam-se no local da selecção. Inscrevem-se, são chamadas e inspeccionadas como cavalos ou gado nas feiras. Peso, altura, medidas, dentes e cabelo, e qualidades genéricas como força, balanço, resistência. São escolhidas a dedo, porque são muitas concorrentes para poucas vagas. Mais ou menos cinco mil são apuradas em vinte e cinco mil. A selecção é impiedosa e enquanto as escolhidas respiram de alívio, as recusadas choram e arrepelam-se e queixam-se da vida. Uma foi recusada porque era muito alta e muito larga.São todas jovens, com menos de 40 anos e com filhos pequenos. Se tiverem mais de 50 anos são demasiado velhas e se não tiverem filhos são demasiado perigosas. As mulheres escolhidas são embarcadas e descem por sua vez sobre o Sul de Espanha, para a apanha de morangos. É uma actividade pesada, muitas horas de labuta para um salário diário de 35 euros. As mulheres têm casa e comida, e trabalham de sol a sol.É assim durante meses, seis meses máximo, ao abrigo do que a Europa farta e saciada que vimos reunida em Lisboa chama Programa de Trabalhadores Convidados. São convidadas apenas as mulheres novas com filhos pequenos, porque essas, por causa dos filhos, não fugirão nem tentarão ficar na Europa. As estufas de morangos de Huelva e Almería, em Espanha, escolheram-nas porque elas são prisioneiras e reféns da família que deixaram para trás. Na Espanha socialista, este programa de recrutamento tão imaginativo, que faz lembrar as pesagens e apreciações a olho dos atributos físicos dos escravos africanos no tempo da escravatura, olhos, cabelos, dentes, unhas, toca a trabalhar, quem dá mais, é considerado pioneiro e chamam-lhe programa de 'emigração ética'.Os nomes que os europeus arranjam para as suas patifarias e para sossegar as consciências são um modelo. Emigração ética, dizem eles.Os homens são os empregadores. Dantes, os homens eram contratados para este trabalho. Eram tão poucos os que regressavam a África e tantos os que ficavam sem papéis na Europa que alguém se lembrou deste truque de recrutar mulheres para a apanha do morango. Com menos de 40 anos e filhos pequenos.As que partem ficam tristes de deixar o marido e os filhos, as que ficam tristes ficam por terem sido recusadas. A culpa de não poderem ganhar o sustento pesa-lhes sobre a cabeça. Nas famílias alargadas dos marroquinos, a sogra e a mãe e as irmãs substituem a mãe mas, para os filhos, a separação constitui uma crueldade. E para as mães também. O recrutamento fez deslizara responsabilidade de ganhar a vida e o pão dos ombros dos homens,desempregados perenes, para os das mulheres, impondo-lhes uma humilhação e uma privação.Para os marroquinos, árabes ou berberes, a selecção e a separação são ofensivas, e engolem a raiva em silêncio. Da Europa, e de Espanha, nem bom vento nem bom casamento. A separação faz com que muitas mulheres encontrem no regresso uma rival nos amores do marido.Que esta história se passe o século XXI e que achemos isto normal, nós europeus, é que parece pouco saudável. A Europa, ou os burocratas europeus que vimos nos Jerónimos tratados como animais de luxo, com os seus carrões de vidros fumados, os seus motoristas, as suas secretárias, os seus conselheiros e assessores, as suas legiões de servos, mais os banquetes e concertos, interlúdios e viagens, cartões de crédito e milhas de passageiros frequentes, perdeu, perderam, a vergonha e a ética. Quem trata assim as mulheres dos outros jamais trataria assim as suas.Os construtores da Europa, com as canetas de prata que assinam tratados e declarações em cenários de ouro, com a prosápia de vencedores, chamam à nova escravatura das mulheres do Magreb 'emigração ética'. Damos às mulheres 'uma oportunidade', dizem eles. E quem se preocupa com os filhos?Gostariam os europeus de separar os filhos deles das mães durante seis meses? Recrutariam os europeus mães dinamarquesas ou suecas, alemãs ou inglesas, portuguesas ou espanholas, para irem durante seis meses apanhar morango? Não. O método de recrutamento seria considerado vil,uma infâmia social. Psicólogos e institutos, organizações e ministérios levantar-se-iam contra a prática desumana e vozes e comunicados levantariam a questão da separação das mães dos filhos numa fase crucial da infância. Blá, blá, blá. O processo de selecção seria considerado indigno de uma democracia ocidental. O pior é que as democracias ocidentais tratam muito bem de si mesmas e muito mal dos outros, apesar de querem exportar o modelo e estarem muito preocupadas com os direitos humanos. Como é possível fazermos isto às mulheres? Como é possível instituir uma separação entre trabalhadoras válidas, olhos, dentes, unhas, cabelo, e inválidas?
Alguns dos filhos destas mulheres lembrar-se-ao.
Alguns dos filhos destas mulheres serão recrutados pelo Islão.
Esta Europa que se presume de humana e humanista, às vezes mete nojo.