27/03/2012

Sentir


Não sei como escrever
O que não sinto
Ou se sentir fosse fácil,
Dizer que minto
Ao sentir esse insípido
Nada sentir

Sentia que estava numa prisão
da qual amarado não me conseguia libertar
E desprender-me
Tentei por vezes e falhei
De um nada amar que me magoa
Tentei chorar e não chorei
Por esse nada amar, a mim mesmo magoei,
Por nada sentir

Tentaste ler e não leu
Ou então, viraste o rosto a quem pediu,
Que num súbito amor frágil
Amor trêmulo, infantil
Fosse escrito em papel de anil
Um nada sentir

O que magoa o tenro corpo
É o velho coração
Cansado de ver em outro
O florescer de uma paixão
Em quanto em sua mão
Emerge o nada sentir

Sinto que estou Vivo
que posso voltar a ter
o dia a dia dos que
na Vida gostam dela,
de viver, sorrir, falar
e sem medo de voltar a Amar

02/03/2012

Amei-te Ali......




Essa boca que beijei
E esse corpo que em tempos amei
Apelam para um convívio de prazer......
Colei a minha boca sedenta à tua
E os nossos corpos rebolam.......

Amei-te ali, naquela cama
Abraçados nossos corpos extasiados
Possessa e nua a doce carne ansiosa
Com teu ventre macio
Mergulhando em volúpia e paixão pura

Amai-te ali, com caricias e beijos
Saciando-nos com eles até à loucura
Tornavas te fera ou mansa
Ardente como nunca te imaginei!!!!

Amei-te ali no fundo da cama
Senti teu corpo de seda
O meu era fogo
Numa fúria avermelhada de quem ama

Acabei em sobressalto
Com os teus longos e roucos ais......
Como o rugir de muitos animais......

Amei-te ali.......