Era uma vez uma menina que não sabia sonhar.
Seus pés sempre fincados ao chão lhe impediam de voar.
Clamava aos grandes sábios que lhe ensinassem a grande arte.
Mas nem o Deus dos deuses saberiam descrever algo como Marte.
Seus prantos rolavam diante daquelas imagens vazias.
Pois seus pensamentos nada lhe traziam.
Desejou sentir a morte.
Caso ainda tivesse sorte.
Foi caminhando e encontrou alguém.
Que disse ter vindo de um além.
As palavras trocadas foram mínimas.
Que iam e vinham sempre tímidas.
Ansiava por saber quem era tal criatura.
Que a tocava de maneira tão pura.
Depois de presenteada por um largo sorriso.
Sentiu possuir tudo o que era preciso.
Adormeceu ali mesmo em seus braços.
Acordou e só restavam seus laços.
Neles havia seu nome.
Algo que se consome.
Assim desatou os laços da ESPERANÇA.
E aprendeu a sonhar como qualquer CRIANÇA.
© Maria Isabel Almeida Aguiar
Sem comentários:
Enviar um comentário