28/10/2007

Tempo & Educação

Hoje ouvi a Sr.ª Ministra da Educação dizer sobre o novo estatuto do aluno que este serve para haver uma maior participação dos pais na escola, coisa que concordo mas que face a sociedade actual apenas é possível para uns quantos privilegiados porque senão vejamos uma criança que tenha uns país que trabalhem das 9-18h (e hoje em dias já são cada vez menos agora é até as 19, 20 horas) e se de manhã não tem os Avós para levar a criança a escola ou a tarde ninguém que os vá buscar o que acontece e que essas horas que pede para isso lhe iram ser exigidas pela entidade patronal e depois chegar a casa fazer jantar, preparar o dia seguinte, estar um bocado em família, ajudar nos estudos e brincar um pouco e vai-se a ver e já passou a hora de deitar.

E por isso eu pergunto numa sociedade em que a nível laboral cada vez mais é exigido (pena não virem acompanhadas de retribuições monetárias iguais) em que cada vez temos menos tempo para nós e para aqueles de quem gostamos e que deveríamos realmente termos tempo para educar as nossas crianças em vez de as pormos em frente a uma TV que nesta sociedade actual é a maior educadora (infelizmente), em acompanhar a evolução dos estudos delas e actuarmos mais na escolas para as tornar um lugar melhor e mais seguro para elas e para nós que hoje em dia em alguns casos enviamos crianças para algumas escolas em que estamos sempre com medo que lhes aconteça algo, mas para isso acontecer tem que este mundo e esta sociedade de consumo acalmar para termos tempo, mas isso penso que como muitas coisas cada vez mais se esta a tornar numa utopia e por isso a tendência é para piorar e apenas aqueles que tem um nível de vida mais desafogado se podem dar a esses luxos de ter tempo para acompanhar a educação dos seus filhos e esses como se viu no ranking das escolas até ai sabem que elas vão ter não só uma melhor e mais cuidada educação como em termos de segurança estão descansados.

E já agora também fazerem uma “revolução” nos cursos que dão nas nossas universidades que a grande maioria deles ou não tem qualquer perspectiva de saída profissional ou nalguns casos a opção é ou tirar outro curso e mais 4 ou 5 anos a viver dependente ou aceitar empregos que nada tem a ver com as suas habilitações ou como muitos irem para professores para muitos deles engrossarem a lista de não colocados ou pior ainda de pessoas sem vocação que estão ali por frete e por apenas dizerem que tem um emprego e um salário e depois quem sofre são as crianças pois a sua qualidade de ensino na maioria das vezes motivada pelo facto de pouco se importar com isso querem e o cheque no final do mês, e má e nalguns casos ensinam coisas erradas que no futuro escolar vão ter dissabores por causa de uma professora/o que ensinou as coisas mal.

Mas vamos vivendo e com gosto, mas…….com pouco tempo.


PS - Esta é a Centésima postagem deste blog desde a sua abertura a Novembro de 2005.

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